dem, chegou elle ao lugar que se destinara para o suplicio do outro, que estava na Igreja ouvindo Missa, e entendendo o executor da morte, que áquelle mandava El Rey tirar a vida, lançando-o precipitadamente entre as flamas, porque a divina justiça faz que pereça o culpado no laço que se arma para o innocente: no patibulo que Amão levapiou para Mardocheo, não morreo Mardocheo, e padeceo Amão. Acabadas as Missas, se foy o devoto innocente para o forno, onde o delinquente estava consumido, e dando recado a El Rey, lhe trouxe por resposta, que a sua or:lem se dera á execução; vendo elle vivo a quem desejava morio, e tendo por morto o que desejava vivo, ficou entre os sentimentos e as admirações ignorando as causas, por que se trocarão os effeytos, e tomando informação do successo, conheceo que a divina providencia, livrando o innocente, castigara o culpado, e que os vingadores, e então misteriosos incendios, forão flamas que abrazarão os delitos da calumnia, e luzes em que resplandecerão os elogios da innocencia.“ Hieraus ergiebt sich, dass das Ereigniss stattfand, während D. Diniz zu Coimbra Hof hielt. Die Klosterkirche S. Francisco da Ponte, in welcher der Page Messe börte, lag auf der Südseite des Mondego gleich bei der Brücke (Ponte velha), die von Coimbra nach dem jenseitigen Ufer dieses Flueses führt; sie ist jetzt durch eine neue gleichen Namens ersetzt. Der Kalkofen muss also auf der von Coimbra flussabwärts nach Figueira da Foz laufenden Strasse gesucht werden, und ist derselbe dort noch heute in Thatigkeit, wie ich aus eigener Anschauung mittheilen kann. Sarmento's Dichtung ist in der schlichten Weise der alten portugiesischen Volksromanzen gehalten und dürfte hier wohl eine Stelle finden. Sie ist volksthümlich geworden und wird bei Festen, wie jüngst zu Braga in der St. Johannisnacht, zur Viola, dem portugiesischen Nationalinstrumente, von einem Chore weissgekleideter Mädchen vorgetragen. O pagem de D. Diniz. Fermoso pagem servia o excedia Oh caso grande, estranho, e não cuidado! Cam. Lus. A virtude mendigal-o, Séde, Senhor, justiceiro, Apenas o rey ouviu Foram seguindo a corrente Do Mondêgo tão saudoso, Que, de Coimbra ao poente, Vai morrer no mar undoso, E que parece dormente Em o seu leito arenoso. Vai o pagem mui contente, Cheio de si, orgulhoso, Infernal prazer já sente, Por vêr que o rey afanoso, Contra o pagem innocente Medita plano horroroso. Tocam monteiros bosinas, Monta elrey no seu cavallo, Negro fumo sobe aos ares Chegam aos fomos da cál. „Quem bateu? quem bate abi ...? Pergunta voz infernal. Responde o pagem assi: „E o rey de Portugal; Vinde forneiros, abri.“ Certo que a não suspeitava, Não socega um só momento Já elrey voltou da caça, Pagem. Raynha. Pagem. que são o infante seja De agudas febres mortaes. Em quanto o pagem rezava prazer o outro exultava, a condemnação: o dia já declinava, E tinha a satisfação De vêr que o ontro não voltava, Que ha de estar feito em carvão: Dos forneiros confiava, Nem arreceia traição ; „Elrey manta perguntar, Se está feito o que ordenou ?" Mal acaba de falar ( torneiro o segurou; Quiz-se o pagem libertar, Luta horrivel começou; Vem forneiros ajudar Forneiro, que delle travou; Maniatado o vam lançar Dentro ao forno, onde expirou; Nem o poderam livrar Quantas supplicas formou; Foi-se mesmo condemnar, Foi Deus quem o castigou; Porque ousou calumniar Innocentes que accusou; Foi nas chammas acabar; Nas chammas que preparou. As missas já se rezaram, Já a igreja se fechou, Quando ao pagem lhe lembraram Palavras, que elrey mandou : As missas o demoraram E as devoçães que rezou. Os seus passos se apressaram, Aos fornos da cal chegou; E os forneiros lhe mostraram Feito, o que elrei ordenou; O outro pagem queimaram, Que as palavras perguntou, De D'elrey Ora aqui, eis-me, Senhor. E nas chammas o lançaram O pagem veio contar que disse já cumpríra. Se o „Senhor, si lhe diz chorando ,,Senhor, si; lá fui, Senhor: Triste vi o miserando; E tremi, tremi de horror. Era alli cheiro execrando; E senti como um stertor; E corri, corri chorando; Oporto. Então elrey conheceo V. E. Hardung. Bibliographischer Anzeiger. Allgemeines. G. Gerber, Die Sprache als Kunst. II. Bd. 2. Hälfte. (Bromberg, Mittler.) 2 Thlr. K. Bartsch, Germanistische Studien. Supplement zur Germania. 2. Bd. (Wien, Gerold.) 4 Tblr. Lexicographie. A. A. Peschek, Grosses Wörterbuch der europäischen modernen Sprachen. Deutsch, französisch, italianisch, spanisch, lateinisch, holländisch, schwedisch, böhmisch, slovakisch, slovenisch, polnisch, serbisch-kroatisch und ungarisch. Thl. 1. Lfrg. (Prag, Grégr & Dattel.) 4 Sgr. F. Kurscbat, Wörterbuch der littauischen Sprache. 1. Thl. Deutsch-lit. II. Abthlg. (Halle, Waisenhaus.) 4 Thlr. Grammatik. J. H. Schmidt, Zur Sprachgeschichte: Accente, Tropen u. Synonyme. (Wismar, Hinstorff.) 717, Sgr. V. Hintner, Beiträge zur tirolischen Dialectforschung. (Wien, Hölder.) 12 Sgr. E. Bernard, William Langland. A grammatical treatise. (Bonn, Strauss.) 20 Sgr. Literatur. W. Scherer, Vorträge und Aufsätze zur Gesch. des geistigen Lebens in Deutschland und Oesterreich. (Berlin, Weidmann.) 22 2 Thlr. H. Düntzer, Charlotte von Stein, Goethe's Freundin. (Stuttgart, Cotta.) Thlr. G. Ploetz, Etude sur Joachim du Bellay et son rôle dans la réforme de Ronsard. (Berlin, Herbig.) 12 Sgr. C. Hehler, Aufsätze über Shakespeare. 2. Ausg. (Bern, Dalp.), 1 Thlr. 2 Sgr. E. Hermann, Ueber Shakespeare's Midsummer-Night-Dream. Eine Studie. (Braunschweig, J. H. Meyer.) 10 Srg. |