ODE XII. AD LY CEN. A Udivere, Lyce, Di mea vota, Di Audivere, Lyce. fis anus, et tamen Vis formosa videri, Ludisque et bibis inpudens Et canta tremulo pota Cupidinem Pulchris excubat in genis. Inportunus enim transvolat aridas Dentes, te quia rugae Nec Coac referunt jam tibi purpurae, Nec cari (1) lapides tempora, quae semel Notis condita fastis Inclusit volucris dies. ODE XII. A LYC E. Ouvirão, Lyce, os Deoses os meus votos; Os Deoses, Lyce, ouvirão: envelheces, E co' trémulo canto, bem bebida, Tardo Cupido sollicitas; elle Nas pulcras faces da viçosa Chia, Tem seu ninho; que inquieto vôa avante Dos áridos carvalhos; de ti foge, Que a ti lividos dentes, a ti rugas E as neves da cabeça Te afeião; nem já púrpuras de Côos, Cerrou ligeiro dia. Quo fugit Venus? heu! quove color? decens Quae me surpuerat mihi? Felix post Cinaram, notaque et artium Servatura diu parem Cornicis vetulae temporibus Lycen: Dilabsam in cineres facem, (1) Cari: assim trazem os mais antigos Mss. e o Glossador ; o que admitte Sanadon : a lição commum diz Clari. (2) Adopto aqui a lição, e interpretação de Bentlei, que lê: Decens quo motus, o que já antes havião feito Chabot, e Ceruto, e seguem Cuningam, le Sanadon. Aonde fugio Venus? Ai! Aonde A tua côr? Onde o meneio airoso ? Daquella, que tens já, que tens daquella, Que me roubára a mim? Feliz belleza, Depois da de Cinára, conhecida 2 Pelas graças gentis: (a) mas breves annos Guardando, ha muito, a Lyce igual aos tempos Da idosa gralha: porque ver podessem Com muito rizo os férvidos mancebos (a) Entendemos por Facies não huma parte do corpo, mas toda a fórma, ou belleza exterior delle, como alguns interpretão; sobre o que se podem ver Bentlei, e Sanadon. ODE XIII. AD AUGUSTU M. QUae cura Patrum, quaeve Quiritium, Plenis honorum muneribus tuas, Auguste, virtutes in aevum Per titulos memoresque fastus Aeternet? 6, qua sol habitabilis Quid Marte posses. milite nam tuo Dejecit acer plus vice simplici. Auspiciis pepulit secundis: |